tens olhos densos
como a ciranda em meio à bruma
a boca em fina linha
incompreensivelmente
ergue um estandarte em minh’alma
não entendo tua sabedoria eclesiástica
invejo tua fé que sobe aos céus como cinzas
minha única herança ao alto
serão as cartas em que descrevo minha paixão torpe
ainda faço perguntas a cigana
que de imediato sempre responde
terás a vida de uma cigana
forasteira vagabunda
sele a testa do teu velho num beijo de despedida
e não deixe ele saber assim tão francamente
porque dói mais
não choro nenhuma gota de orvalho
me apercebo da miséria de mim
coração branco crânio
florescem as bromélias nos bangalôs
nos aposentos, divido a cama com a vida pungente
adorei seu poema - suas palavras são verdadeiras e fiéis.
ResponderExcluir"não choro nenhuma gota de orvalho
me apercebo da miséria de mim
coração branco crânio"
qualquer coisa, passa no meu blog: http://3gultimageracao.blogspot.com.br/
atenciosamente, F.G.M.