Benzinho, eu me criei. Me vesti de uma roupa que eu detesto.
Em que ponto da minha vida tão pequena eu me tornei isso? não atendo ligações,
não ligo, invento uma desculpa depois. Tento me afastar das pessoas, eu sou boa
nisso. Mas logo eu vou atrás, tão fraca, amando a solidão, mas com medo de
ficar sozinha. Não suporto a voz dela, nem seu rosto miúdo, nem a merda que ela
fala. A minha vida inteira foi assim, e meu destino é ter as carências da minha
mãe. Eu não quero ficar igual a ela, eu não quero ficar igual a ninguém. Quero
tirar essa roupa pesada. Amor me basta. Querer amor me basta. Eu só me
aprisionaria nessa vontade de amor, é a única coisa que vale à pena.
ah,
ResponderExcluirvontade de imprimir isso e grudar na parede do quarto.