Agora é tarde para os medos de solidão. Sinto como se eu
estivesse na parte mais profunda e negra de algum mar, sem desespero algum,
apenas me afundando mais, lentamente.
Já doeu o que tinha que doer. Você não sabe o mal que me fez
ao mostrar aqueles acordes tristes. Eu já não chorava há tanto tempo.
Hoje aceito tudo, até a cena mais patética de ligar a
televisão enquanto tento comer alguma coisa, só pra despistar a falta. É tarde
demais, porque agora, muito antes de temer a solidão, eu temo estar perto de
você.
Apesar de desejar tua presença por repetidas vezes.
Quaisquer palavras irão me cortar por mais gentis que sejam.
Mas já não importa, eu estou caindo e descobrindo partes ainda mais profundas
nesse mar.
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