Quem inventou o casamento foi um torturador astuto. É uma instituição destinada a embotar os sentimentos. Toda a questão do casamento se resume na repetição. O melhor que ele almeja é a criação de dependências fortes e mútuas.
Brigas acabam perdendo todo o sentido, a menos que a pessoa esteja sempre pronta a agir sobre elas - ou seja, terminar o casamento. Assim, depois do primeiro ano, a pessoa para de "perdoar" depois das brigas - apenas recai num silêncio irritado, que passa a um silêncio comum, e depois continua outra vez.
s sontag, 1956

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