Sinto uma vontade louca de chorar, de enfiar os dedos goela
abaixo e expelir coisas nunca ditas antes. Escrever em mil cartazes e pregar em
mil postes de mil diferentes ruas que a vida é bem fodida. E, jovem, me deixe
aqui com minha depressão barata, afogando a cara em qualquer copo, em qualquer
boceta, é isso mesmo. Me deixe amar Nara e Mara e Maria depois de todas elas
terem me deixado. Eu nem choro, mas hoje vamos abrir essa exceção, rapaz. Vamos
brindar a cada lágrima, vamos dançar uma valsa, e continuar amando cada Maria
que nos trocar por outro par de braços, e mais, que ela saiba mesmo que rastejo
aos seus pés, que a amo até os poros e que se ela quiser voltar, eu to aqui,
cara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário