é a vida que nunca chega
são os olhos que eu nunca vejo
e os braços que não me afagam
é a valsa distante
a lembrança se apagando
as cartas em pó
é a corda esperando
é a ponte sobre o rio Forqueta
é o rio
são meus sonhos com o rio
vendo meu rosto no meio
de todas aquelas caras pálidas
tristezas que o Forqueta abrigou
os beijos no escuro
as palavras avulsas
a falta de sentido
falta que eu não sinto
é o torto
é tudo tão errado
irrespondível
é essa coisa banal
de nunca entender
de um quarto solitário
é tudo, mesmo, tão banal
a realidade fugida
numa folha que um dia fora branca
é a prosa
disfarçada em poemas ruins
tão ruins
mas que eu nunca pararia de escrever
que eu nunca abandonaria
meu mantra
minha irrelevante fé na vida
e o rio se vai
ResponderExcluiré menos irrelevante do que parece...
ResponderExcluirsó queria notar aqui que deu pra observar uma mudança bem pronunciada desde que eu comecei a acompanhar o seu blog... e dá um orgulhozinho ou alegria, sei lá, de ter podido observar e participar um pouquinho desse desenvolvimento tão interessante até agora.
acaba até que me dá um pouco mais de esperança nessa humanidade torta...