Me leva pra longe. Pode ser pra dentro dos seus olhos. Pode ser na imensidão do seu abraço. Imensidão que só cabe eu. Deixa eu acreditar que te pertenço. Me faz um poema. Não é difícil não, amor, meu coração recita um toda vez que te vê. Vira a noite comigo. Vem ver o nascer do sol, às vezes tão esquecido. O dia não é só cinza, a gente não precisa ficar no inverno pra sempre. Faz planos. Alimenta minhas ilusões adolescentes de que uma casinha no nada e amor bastam pra nós. De que só existe nós. Foge comigo. Me aborrece de um jeito bom, desses jeitos que só acontecem na paixão. Me pede um beijo. Diz que vai ficar tudo bem enquanto encosta sua testa na minha. Me beija de novo. Me liga na madrugada e diz que sente falta. Me dedica uns versos de qualquer canção do Chico. Se cobre no mesmo cobertor que eu. Sonha comigo. Deita a cabeça no meu colo. Me conta histórias. Me conta seus gostos. Joga conversa fora comigo. Desperta em mim aquela sensação de morrer de amor. Me tira todo o ar e me ajuda a respirar depois. Bate à minha porta só porque queria me ver. Deixa eu te sentir no som das cordas de um violão. Me escreve à mão uma carta quando estiver longe. Faz promessas que você não vai cumprir. Mas faz, deixa eu me deliciar nas suas palavras doces. Me impregna do seu cheiro, faz eu sentir saudade dele ao anoitecer. Esteja comigo quando anoitecer. Vai embora não, fica. Me faz esquecer dos outros problemas. Seja minha única preocupação. Você, com certeza, é meu problema maior, menino. Ocupa minha solidão. Me faz feliz. Tem tanto amor dentro de mim que não cabe mais, me deixa dividi-lo com você?
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